
As palavras me são tão familiares quanto estranhas, me perco sempre nesses contos, e apesar de não haver finais felizes, me apaixono por eles, talvez seja assim para mim a felicidade, sem uma promessa de ser infinito, apenas um momento curto e significante o bastante pra ser guardado em mim, tudo é tão mutável afinal, em um mesmo dia posso chorar até secar os olhos e gargalhar até a barriga doer, não existem tais determinações que me impeçam de viver minhas escolhas, meus prazeres pequenos, como caminhar sem rumo e sem pressa, como ouvir uma música e me imaginar sendo ela, como buscar o silêncio incessante e mesmo assim gritar em busca de ecos, não consigo me limitar a um amigo, um amor, um livro, uma canção, uma casa, um lugar, uma comida, um abraço, um sorriso, uma bebida, uma bebida, uma estação, preciso do plural, das diversidades, de mais vida em si, preciso aceitar que não sou como os outros, como já me alertara a minha mãe, embora nem mesmo ela me conheça completamente, preciso aceitar que sou desprendida dos padrões, que fujo as regras, que não me imponho restrições, quero percorrer o mundo inteiro ainda, e não desisto, mesmo as coisas não dando certo, porque não importam se as coisas são difíceis de conseguir, se eu quero eu consigo, simples assim.
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