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26 de mai. de 2010

Razão

Durante um bom tempo acreditei que não havia uma razão certa pra viver, nem mesmo todas aquelas histórias de mocinhos e bandidos me convenceram, as histórias que ouvia passavam despercebidas, todas as lições de moral não me pareciam reais, como se vivesse alienada do mundo, e isso durou por um bom período, talvez fosse melhor assim. Eu não enxergava as coisas com tamanha clareza, era simplesmente turvo demais, o desnecessário parecia ofuscar o essencial, mas sempre esteve ali, talvez hoje possa entender o que aquelas palavras significavam, nunca as entendi, mas permaneceram gravadas em mim, até que enfim pude enxergá-las, não foi fácil confesso, aprender a ler nas entrelinhas, no entanto foi a melhor coisa que fiz, já não suportava não compreendê-las, eu realmente precisava disso.De repente comecei a dar valor ao que me passava despercebido, me via sorrindo para as borboletas, me derretia ao ver uma criança correr pela casa me chamando, ou seu simples sorriso puro e inocente, ao ouvir uma história sem final feliz, mas que soasse real aos meus ouvidos, de certa forma aprendi a me entender, e assim passei a compreender tudo a minha volta, de uma forma muito mais intensa, muito mais real.

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