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3 de mar. de 2013

 Sempre detestei o confronto, as palavras sempre saem fora de ordem numa discussão, bater de frente com quem quer que seja, me diminui, porque enquanto me defendo não quero magoar ninguém, o que pode ser fatal em um confronto. Então, por vezes choro, até secar-me os olhos. Na batalha entre quem controlar, as lágrimas sempre saem perdendo, mas ganham , ganham colchão e travesseiro a acolhê-las sem pretensão ou rancor, sem julgamento algum.
 Há muito não havia sentido tanta vontade de chorar assim, talvez não houvessem motivos para tanto, na verdade acredito  que os motivos nunca são tão importantes assim, mas é que eu necessito disso, sabe, dos meus acessos de choro, para lavar a alma e apagar os sinais  que desanimam mente e corpo, como um mantra para tudo ficar bem. No fim, os confrontos são inevitáveis, a ideia é não se perder neles, é sobreviver a eles com toda a sorte de arranhões e hematomas, para que não seja tempo perdido, nem lágrimas em vão.
 Chorei hoje, meus olhos secaram, posso jurar que todos que viram devem estar espalhando por aí o quão frágil sou, mal sabem eles que, enquanto as lágrimas rolavam, eu me reconstruia, não, eles não sabem, mas hoje, quando as lágrimas cessaram, me tornei mais forte do que muitos deles.
 Às vezes é tristeza, mas bem pode ser comoção, felicidade também se expõe assim, algumas até de amor se chora, ou mesmo de sono ou dor. Os motivos pouco importam, alguém me disse uma vez e tenho isso comigo até hoje, "chorar faz bem ", e como faz !

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